Networking feminino está mais aquecido do que nunca e com olhos para as causas sociais

07/12/2022
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Por Maria Cláudia Aravecchia Klein
Fotos: Divulgação

Desde 2018, quando comecei o meu mais recente negócio – www.revistavidapratica.com.br – eu participo de grupos de networking feminino. Conhecer as pessoas certas, com potencial para se tornarem clientes futuros ou parceiros estratégicos requer investimento, tempo e dedicação. E o fato é que nós, mulheres de jornadas duplas ou triplas, mesmo tendo mais dificuldade de encaixar determinados compromissos na rotina, nos desdobramos para
participar ativamente desses grupos.

Um estudo recente feito pelo Sebrae a partir da análise de dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), entre 2018 e 2021, aponta que as mulheres empreendedoras foram as que mais sofreram perdas econômicas no pós-pandemia. E esse com certeza é um dos motivos pelo crescimento exponencial do número de grupos de
networking entre mulheres.

A seguir, conversei com mulheres que têm grupos de networking no ABC Paulista e são referência nas áreas em que atuam. Vamos conhecer um pouquinho de perto esses grupos?

CREATORS ABC
Dar mais visibilidade às outras, construir uma rede de contatos e indicações, trocar conhecimento e até mesmo dividir angústias e descobertas. Resumidamente criar conexão.

Creators ABC: influencers e empresárias da região do ABC unidas na geração de networking

“O nosso grupo surgiu após um curso de imersão de Marketing Digital. As participantes, empreendedoras de diferentes setores da economia e influenciadoras digitais, se uniram para fortalecer as relações de networking e gerar trabalhos, contratos e parcerias posteriores”, comenta Rafaela Santana, que faz parte do grupo Creators ABC. Ela é modelo plus size, influencer digital e membro do Comitê de Marketing de Influência do Prêmio ABC.


“Sentimos que falta essa união no ABC Paulista e o grupo já gerou muitos frutos, entre os quais parcerias, trabalhos e troca de conhecimento, além claro, de alavancar contribuições para causas sociais de fundo filantrópico. O grupo surgiu para unir as mulheres, trazer visibilidade, gerar conexões, aprendizado e solidariedade. A região é
riquíssima e esse tipo de “comunidade”, termo que gosto muito de usar, contribui para alavancar o empreendedorismo feminino, fomentando a economia local e trazendo mais credibilidade para cada uma das marcas ou profissionais envolvidas. Fico muito feliz em fazer parte desse time incrível e com histórias de vida repletas de dedicação, renúncias e muitas vezes falta de reconhecimento da própria família”, esclarece.

M.A.D.E 6.
Diante das inseguranças que norteiam a decisão de mulheres de aderir ou não a um grupo de networking, seis empresárias resolveram somar esforços e criaram o M.A.D.E 6.

Concebido em 2022, o grupo é uma iniciativa formada pela gestora de beleza e negócios Andreia Bessa, a diretora-executiva do Ensina Empresarial Thaisa Damo, a empresária digital Julianna Luz, a CEO Sandra Pitta, a especialista em Comunicação Carol Cezário, além da jornalista e especialista em eventos Juliana Bontorim. “Era um sonho que
tínhamos. Esse ano falamos: ‘vamos fazer!’ e encontramos outras amigas que estavam com o mesmo desejo e força para fazer realmente acontecer na nossa região. Será não só fomento para nossos negócios, como base para contribuições com causas sociais e de apoio às instituições e ONG”, destaca Andreia.

Alinhado às iniciativas e propostas pelas quais suas idealizadoras se pautam, o grupo é uma materialização de objetivos. “A ideia de pertencer a um grupo de mulheres com propósitos de mudanças sempre foi uma vontade minha. Unir forças para transformar vidas é um desejo que tenho desde sempre. Me encontrar com mulheres tão especiais como as do M.A.D.E 6 foi a concretização deste objetivo de vida”, afirma Carol Cezário.

Empreendedorismo está relacionado à inovação e, para muitas mulheres, também está relacionado à pós-maternidade. “Eu não queria a vida que eu tive para meus filhos, então eu sempre lutei. Comecei a empreender quando fiquei grávida da minha terceira filha, por causa da maternidade tive que começar”, relembra Julianna Luz que também enfoca as questões de inclusão de gênero e racial em suas pautas diárias nas redes sociais. Ela é
uma influenciadora do próprio negócio.

“O M.A.D.E 6 é um grupo que se completa, que quer agregar com a união de mulheres diversas que também atuam de forma multidisciplinar, mas que tem esse foco: fazer a diferença e causar impacto”, ressalta Thaisa.

O grupo é composto por integrantes que abrangem uma variedade de áreas de atuação, entre elas, a Comunicação que se faz presente em vários pontos essenciais para a atualização do universo empreendedor. “Sempre integrarei e farei parte de diversas turmas que são ligadas a essa temática, porém, quando, em alguns momentos, vislumbrei ser
participante de um grupo, desejei que fosse algo que seguisse a filosofia que o M.A.D.E 6
traz para debate”, conclui Juliana Bontorim.

INFLU´S ABC
Proporcionar mais aproximação entre as influenciadoras digitais e marcas, esse é o principal intuito do grupo criado por Adriana Martins Teles Rosa, mais conhecida como Dri da Casinha e sua filha Gio Rosa. “Queríamos criar um ambiente de networking onde há espaço para que as mulheres especialistas em criação de conteúdo possam trocar
informações e criar vínculos mais próximos com marcas parceiras. Com ações de “recebidos”mais estratégicas e prospecção de marcas para ações patrocinadas, queremos estreitar a relação com empresas que querem trabalhar com marketing de influência, mas não sabem como”, diz Dri.

Segundo ela, o principal desafio nesse setor é combater a concorrência desleal e proporcionar a união de pessoas que enxergam oportunidades no trabalho em grupo. “As marcas já apoiaram o evento de lançamento do grupo, o que mostra o potencial que a união de perfis de diferentes nichos traz para a divulgação simultânea e focada. Ter uma rede fortalecida contribui para a credibilidade de grupos de empreendedoras de diferentes perfis e porque não trazer isso para o campo da influência digital?”, indaga Dri.

Parcerias e bons relacionamentos trazem bons negócios. “Já foi o tempo de as mulheres ficarem retraídas e tímidas com relação à própria carreira e às oportunidades. No mercado de influencers, a ajuda mútua contribui para a melhoria da qualidade do conteúdo e abre caminho para a monetização e profissionalização de uma carreira tão vislumbrada”, alerta.

“Retomar contatos, criar conteúdo para diferentes redes sociais, engajar com o perfil das parceiras e ficar alerta para nichos de todas que estão ali. São dicas aparentemente simples, mas eficazes quando o assunto é construção de relacionamentos duradouros e que podem fazer a diferença em um mercado tão disputado”, diz Dri.

Mulheres Conectadas

Veterana e precursora de grupos de mães empreendedoras no ABC, a apresentadora Cláudia Aloia e fundadora do ABC das Mães se uniu à empresária do setor da estética Mari De Chiara e à Raqueli Dallacqua, que empreende na área de fitness e saúde, para criar o evento e grupo Mulheres Conectadas.


Com o intuito de conectar, motivar e desenvolver o talento de mulheres, o dia de imersão reuniu 300 mulheres em busca de conhecimento, motivação e técnicas para desenvolvimento pessoal. “Foi transformador. Recebemos inúmeras mensagens de mulheres que relataram experiências positivas após a participação, que conseguiram
colocar em prática ou tiveram novos insights. Além do networking, o diferencial foi o conteúdo apresentado por cada palestrante convidado. Na curadoria dos assuntos, fiz questão de pedir que cada um contasse rapidamente sua história e se atentasse à pauta trabalhada. Todos fizeram uma entrega real”, relata Cláudia.

Segunda ela muitas iniciativas semelhantes já existem, então o primeiro movimento foi fomentar o aprendizado. “Os cases de sucesso de empresárias da região que são influenciadoras e porta-vozes das marcas próprias nas redes também exemplificou muito bem o alcance dos objetivos e crescimento gradativo tão desejado”, conta.

Cláudia acredita que assim como as outras idealizadoras do projeto, ter vivenciado outras experiências como palestrante ou ouvinte foi fundamental para a construção do Mulheres Conectadas. “A vontade de montar o evento veio a partir de uma experiência positiva quando fui convidada para dar uma palestra no Sebrae. E a união com outras empreendedoras de perfis diferentes e complementares deu muito certo, atraímos um
público muito interessado”, conclui.

Maria Cláudia Aravecchia Klein
Jornalista e empreendedora de Comunicação na revista multiplataforma
www.revistavidapratica.com.br e www.casavidapratica.com.br
e nas redes @revistavidapratica e @casavidapratica
mariaclaudia@revistavidapratica.com.br . Presidente do Comitê de Marketing de Influência
2022 e Mídia Revelação 2021

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