Por Carolina Bozzi
Fotos: Faya
Hylka Gomes Silva, mais conhecida como Hylka Maria, tem 32 anos, e uma vida no meio artístico que começou cedo, aos 8 anos, como modelo infantil. A atriz nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, mas já morou no México, e atualmente está no Brasil para participar da 3ª edição do “Dancing Brasil”, apresentado por Xuxa, na Record.
Além da competição de dança e outros trabalhos, Hylka interpretou Alessia, na novela global “A força do querer”, e também fará parte da 4ª temporada de “Os suburbanos”, no Multishow.
Hylka deu uma entrevista para a Revista Vida Prática, onde falou sobre a carreira, planos futuros e dicas exclusivas para você. Confira!
Vida Prática: Como começou sua carreira?
Hylka: Comecei como modelo infantil aos 8 anos de idade, quando já fazia fotos para catálogos de roupa infantil e comerciais de TV.
Vida Prática: Você sempre quis ser artista? Como se deu essa percepção?
Hylka: Lembro que quando eu tinha 6 anos uma amiguinha da escola ia participar de um concurso de beleza infantil – e todas nós que estudávamos na mesma sala que ela nos animamos a participar também. Acabei vencendo o concurso e, dentre os prêmios, fui contemplada com um curso de modelo em uma agência de publicidade. Foi aí que comecei a participar de testes e tomar gosto pelo audiovisual, pela comunicação e em exercitar minha presença cênica.
Vida Prática: Como é a sua rotina pessoal e profissional?
Hylka: Como comecei a trabalhar no meio artístico muito cedo, nunca consegui desvincular minha vida pessoal da profissional. Trabalhar para mim sempre foi sinônimo de prazer e diversão, algo que eu faria de graça (e inclusive já fiz, tantas vezes). Atualmente, procuro cuidar do meu material de trabalho, que é o meu corpo e, dependendo do projeto que esteja fazendo e suas necessidades, fico um pouco mais vaidosa e preocupada com o resultado final. Assistir peças de teatro, ir ao cinema, ler poesia que, em teoria, seriam hobbies da minha rotina pessoal, acabam sendo alimentos fundamentais para enriquecer meu trabalho.
Vida Prática: Em termos de trabalhos, o que tem como sonho e pretende realizar ainda esse ano e nos seguintes?
Hylka: Eu tenho muita vontade de cada vez mais interpretar personagens diferentes de mim, inclusive no cinema, onde a dinâmica e o tempo de preparação são outros. A ideia de trabalhar também em espanhol e inglês são metas que já estão em processo de serem concretizadas.
Vida Prática: Você se sente realizada?
Hylka: Ainda não. Nem pessoalmente e nem profissionalmente, embora seja muito feliz com a vida que eu tenho no momento. Trabalhar no que amo é uma dádiva, mas ainda pretendo trabalhar com profissionais que tanto admiro e, do mesmo modo, em outros mercados e veículos onde sou menos experiente. A dúvida de querer ou não ser mãe ainda paira no ar. E tenho um monte de países a conhecer. Enfim, sinto que ainda há muito por fazer. E ainda bem (risos)!
Vida Prática: Como foi a experiência de morar e trabalhar em outro país? Você sente falta do Brasil? (Se sim, do que mais sente falta?)
Hylka: Morar fora do país por si só já é uma experiência que te transforma para sempre. É um convite a um autoconhecimento que livro ou terapeuta nenhum podem te dar.
Eu não só amei, como viciei nisso, e hoje penso que a vida é curta e o mundo grande demais para se viver somente em uma cidade ou um país. Trabalhar fora do seu país de origem te obriga a trabalhar sua humildade de muitas vezes sentir que está começando tudo do zero, além de muitas vezes ser vista como uma mera “novata” por quem não conhece sua trajetória no seu país. Mas o mais difícil mesmo para mim foi a saudade da culinária brasileira, principalmente do meu amado açaí, quase impossível de achar no México, onde eu morava.
Vida Prática: E a experiência em participar do “Dancing Brasil 3”?
Hylka: Um desafio físico e emocional que eu jamais poderia supor. Estou aprendendo um ritmo de dança por semana e me expondo à críticas e avaliações em um tipo de segmento o qual eu não domino. Mas o resultado final tem sido positivo, tendo em vista a grande oportunidade de trabalhar com excelentes profissionais de dança, com os quais aprendo muito e inevitavelmente me ajudam a me lapidar como artista. Acho que me sinto uma atriz mais completa depois de passar por esse programa.
Vida Prática: Se considera uma mulher prática? O que faz para tornar a sua vida mais prática?
Hylka: Sou prática, sim. E a cada mudança de país que faço, ou mesmo a cada viagem turística, me dou conta do que realmente preciso e do que é supérfluo ou desnecessário. Quando viajo, costumo ser sempre a do grupo que leva menos malas e bolsas.
Vida Prática: Quais produtos de beleza são seus preferidos? Tem alguma marca ou produto do qual não abre mão?
Hylka: Sou zero vaidosa e disciplinada nesse sentido. Pela minha idade já deveria estar passando meus creminhos antirrugas, mas não tenho paciência para isso. O máximo que eu faço é nunca dormir de maquiagem. Meu único cuidado é lavar bem o rosto com um sabonete de PH neutro seguido de uma loção adstringente para o controle da oleosidade da minha pele.
Vida Prática: O que te inspira pessoal e profissionalmente?
Hylka: Me inspira a possibilidade de afetar o outro de forma positiva. Seja emocionando-o ou fazendo-o refletir. Para mim, o papel do artista (independente de qual seja seu segmento) é esse: ser espelho da sociedade, do seu tempo. Tanto pessoalmente como profissionalmente, me inspiram agentes transformadores que te façam pensar fora da caixinha.
Vida Prática: Dentre todas as manifestações artísticas, qual mais te agrada?! E teria uma obra para citar como a mais marcante?
Hylka: O audiovisual ainda é a minha maior paixão. Acho mágico. A fotografia também é algo que me comove muito. Acho que a obra que sempre me emociona e quase me petrifica toda vez que a assisto é o filme-documentário “Pina”, dirigida pelo Wim Wenders. Para mim, é a obra de arte audiovisual mais poética que eu já assisti em toda a minha vida.
Jogo Rápido:
Uma peça que não falta no seu armário: Calça jeans.
O que não falta na sua nécessaire: BB cream, rímel, blush e um batonzinho. E um perfuminho sempre à mão (risos)!
Musa inspiradora: Ah, poderia citar tantas… Ainda mais nesse momento onde o movimento feminista está ganhando força, voz e ouvidos. Qualquer mulher que tente escrever uma história diferente para a mulher na sociedade, tentando criar um mundo mais igualitário para si, para sua filha e para toda uma classe, acaba se tornando uma inspiração para mim. Seja a Oprah Winfrey num discurso em Hollywood ou uma estudante em uma passeata no centro do Rio.
Beleza é… ser autentica.
Não vive sem… Açúcar, da forma que for! Meu único vício.
Prato preferido: Pergunta difícil para uma taurina hedonista e comilona como eu (risos). Mas diria que é o tal do açaí.
Um hobby: Editar vídeos das minhas viagens, produzir e editar vídeo-poesia e fotografar os bastidores dos meus trabalhos.
Tem filhos? Não.
Onde viveu na infância? No Humaitá – Rio de Janeiro.
Lembranças marcantes dessa fase ou sonhos curiosos que tinha: Lembro que na minha infância o Rio era menos perigoso e as pessoas menos “panicadas”. E como não havia esse advento de celulares com aplicativos de redes sociais, os eventos e as relações se davam de maneira mais presenciais, menos superficiais. Tenho saudades dessa época.
Numa escala de 0 a 10, o quanto se considera apegada ao mundo virtual?! E o que realiza com mais frequência nele?
Eu diria que 7. O problema é que agora, até a comunicação, que antes era limitada a uma ligação, passou a ser mais usual por meio de mensagens de textos, áudios e até mesmo por meio de aplicativos de redes sociais. Existe um mundo te ajudando nesse processo de vício. E como tenho muitos amigos que moram fora do Brasil, inclusive meu namorado, que mora na Argentina, o mundo virtual ameniza um pouco a distância e a saudade, colaborando em tempo real com quem está fisicamente muito longe.
Tem algum app que não abre mão?! Por quê? Aplicativos de mensagens instantâneas eu não abro mão. Eles agilizam muito a comunicação do dia a dia, inclusive quando se trata de trabalho.
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