Assombrações e reis do consumo por trás de vídeos aparentemente inofensivos

16/03/2019
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Por Maria Claudia Aravecchia Klein

Já falamos sobre isso anteriormente na Revista Vida Pratica, o conteúdo dos vídeos disponíveis na internet, filmes, séries do Netflix e telenovelas são depreciativos na educação de qualquer criança.

Frente os últimos acontecimentos – face ao ataque planejado por adolescentes na escola de Suzano, em São Paulo, nos deparamos com influências negativas não só nos jogos de PlayStation 4, como no smartphone. Todo dia tem uma novidade em alguma plataforma!

O que um vídeo inofensivo de slime ou de massinha pode esconder? Incitar ao consumo? Não, pode ser pior! Imagens daquela personagem medonha Momo – que lembra as macabras japinhas-espíritos dos filmes O Grito ou O Chamado – aparece e começa a falar coisas absurdas para as crianças, instigando as ações de auto-flagelo, depressão e suicídio.

E isso está dentro de casa como relata a professora Juliana Tedeschi Hodar, 41, que também é produtora de conteúdo e comanda o blog Tudo Sobre Nós:

São tempos difíceis !

A cada momento uma nova tragédia nos mostra que não há mais esperança, a familia se refugia na tecnologia e #segueobaile … Tudo certo !? Não !

Muitas vezes os filhos guardam medos e sentimentos que desconhecemos .

Tive esta experiência em casa da pior forma: a surpresa !

A casualidade de um vídeo enviado no grupo de WhatsApp da família do meu marido no Chile expôs um problema muito sério : a tal da #momo, personagem de horror inserida no meio de vídeos infantis  que falam de slime, massinha, peppa pig barbie e outros .

Bianca minha filha de 8 anos já tinha pânico da personagem e tinha “vergonha” de nos contar (misturado ao medo de que algo acontecesse a nós ).

Foram momentos de muito desespero como mostra a foto que acompanha a publicação que praticamente “viralizou ‘ no Facebook com tantos compartilhamentos. A imagem nos mostra o choro convulsivo e desesperado de uma menina no colo do pai …

Ela sofria com isso há bastante tempo e não nos disse …

Assim como aconteceu em casa pode estar acontecendo em muitas outras casas e com crianças que mal conseguem verbalizar (mães me procuraram para relatar que a tal momo estava num vídeo do baby shark).

Alguns coleguinhas da Bia (mais velhos ) comentam e gostam de jogos um pouco fortes e violentos demais para a idade, não digo que são eles os causadores das matanças e distúrbios mas eles causam uma ansiedade e uma distorção da realidade desnecessária nas crianças.

Nosso papel é estar presente, é colocar amor onde as vezes uma tecnologia nova está sendo substituta .

Tenho um outro filho de 12 anos que é autista e domina tecnologias, vemos um certo sofrimento quando o chamamos para outras atividades, mas insistimos, crianças precisam de todo tipo de vivência e vamos nos esforçar (mesmo eu trabalhando com redes sociais ) para dar a eles vivências reais sem celular, enfim …mais de nós!!!

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