7 dicas para identificar se você vive relacionamentos abusivos

26/02/2018
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Por Ellen Moraes Senra

Olá! A partir de hoje, estarei aqui para batermos altos papos sobre assuntos cotidianos, saúde mental e bem-estar. Então vamos ao assunto de hoje.

Você se apaixonou por uma pessoa muito especial, aquele cara ou aquela garota dos sonhos, sim, é difícil acreditar que essa relação tão perfeita exista, mas tudo indica que sim. O tempo passa e você começa a experimentar um misto de alegria e angústia, pois em alguns momentos tudo são flores, já em outros parece que tudo o que você faz é errado ou gera conflitos desnecessários. Se identificou com o cenário descrito?

Pois é, muitas vezes as coisas mais simples podem caracterizar um abuso ou agressão, não precisa que alguém te fira fisicamente para que cause sérios danos a você e a sua autoestima. Isso pode ser infinitamente mais grave do que um ferimento no corpo, pois este irá aos poucos cicatrizar e desaparecer, já os danos íntimos permanecem como algo tatuado na pele.

Você sabe quais comportamentos podem indicar que você está em uma relação abusiva?

Para te ajudar, antes de falar dos sinais, quero te alertar para o fato de que o abuso no relacionamento não ocorre exclusivamente entre casais, mas em qualquer relação que você mantenha no seu trabalho ou no seu meio social de maneira geral. O abuso pode partir também de um chefe, de um colega de trabalho, de um parente e até mesmo entre pais e filhos. Entenda que existem diversas formas de abuso com impacto psicológico, porém o abuso sexual ou físico é fácil de identificar, por isso vamos aos sinais de que você está em uma relação abusiva não explícita:

  • Você sofre ofensas sobre a sua aparência?
  • Alguém ofende o seu intelecto ou sua capacidade de compreensão?
  • Te fazem acreditar que nada do que você faz está certo?
  • Alguém já fez com que você acreditasse que é o responsável pelo fracasso alheio?
  • Alguma vez já te impediram de falar em alguma situação em que a conversa ocorria de forma descontraída?
  • Já te subjugaram e te fizeram acreditar que não era capaz de ter sucesso em outra relação que não fosse atual?
  • Lhe induziram a acreditar que precisava mudar seu jeito de ser ou sua maneira de se vestir?

A lista pode ser imensa, mas essas são algumas situações que servem para chamar a sua atenção de que está vivendo em uma relação abusiva. Portanto, se sua resposta foi na maioria sim é hora de dar um basta nessa situação e decidir se é assim que deseja seguir com a vida.

Mas Ellen, acabo de me dar conta de que tenho um relacionamento abusivo, então o que fazer?

O primeiro passo para resolver um problema é sempre admitir que o mesmo existe, o segundo é saber se sozinho você será capaz de resolver a situação e entender que não há mal algum em pedir auxílio de pessoas de confiança, afinal nossas relações saudáveis existem exatamente pra isso. Uma outra solução pode ser ter um diálogo aberto com a outra pessoa, pois nem sempre um abusador sabe que o faz ou quando sabe que faz não entende o porque e pode ser que o mesmo também precise de ajuda. Ainda em tempo, o mais importante que devo tentar te fazer entender é que você não precisa viver dessa maneira a não ser que seja uma escolha sua, pois o grande protagonista da sua história pode e DEVE ser você mesmo.

Dica Prática @netflix,: Dormindo com o Inimigo com Julia Roberts, Patrick Bergin, 1991

Filmes que retratam relacionamentos abusivos e estão disponíveis no #netflix

Dormindo com o Inimigo: Esse filme é emblemático e tem Júlia Roberts no papel da protagonista Laura, uma mulher sofredora. Martin (Patrick Bergin), o marido,  trata Laura como um objeto cuja única função é satisfazê-lo quando, como e onde ele quiser. A trama acontece a partir do momento em que ela planeja escapar.

Entre segredos e mentiras: David Marks (Ryan Gosling), um jovem bonito e problemático conhece uma moça gentil e sonhadora, Katie Mars, (Kirsten Dunst). Depois de casados, ela começa a querer realizar alguns sonhos e ele vai se tornando cada vez mais agressivo, e sua verdadeira personalidade vai se revelando. Esse filme é baseado em um caso verídico e mostra o martírio vivido por Katie até seu desaparecimento.

A garota do trem: A história é narrada especialmente por Rachel Watson (Emily Blunt), que afundada em um grande sofrimento causado pelo divórcio e pelo vício em bebida, mora de favor na casa de uma amiga. Ela viaja diariamente de trem e durante o percurso observa a casa do seu ex-marido Tom (Justin Theroux), novamente casado, enquanto remói culpas, remorsos e dúvidas. Fragilizada, Rachel desconfia da própria sanidade diante da incapacidade de cumprir padrões sociais. Paralelamente à solução do mistério do filme, ela se redescobre como mulher, aprendendo consigo mesma a se fortalecer. Tom, por outro lado se revela um vilão que sabe manipular muito bem as mulheres com as quais se relaciona através do “Gaslighting”. Técnica de abuso na qual a vítima é levada a crer que está perdendo a sanidade.

Um grande abraço e até a próxima! 

Ellen de Oliveira Moraes Senra é Psicoterapeuta Cognitivo Comportamental (CRP 05/42764)
Bacharel em Psicologia pelo Centro Universitário Celso Lisboa
Formação em Terapia Cognitivo Comportamental
Psicóloga Clínica voltada para o atendimento individual de crianças, adolescentes e adultos
www.facebook.com/PsicologaEllenMoraes
Tel.: (21) 97502-4033
ellenmsenra@gmail.com 
 
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Família

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