Por Ellen M. Senra
Olá, novamente!
Na semana passada eu tive uma grata surpresa, ao abrir meu Instagram me deparei com uma foto da querida Maria Cláudia lendo o livro que enviei a ela com tanto carinho. Até aí tudo bem, eu não esperava atitude diferente dela, mas o que mais mexeu comigo, além da gratidão, foi a vulnerabilidade. No post ela falava das mazelas de ser mãe que pouco são transmitidas, afinal mãe que reclama das atitudes do filho pode ser mal interpretada, então é melhor reclamar escondido não é mesmo?
NÃO!!!
Sou mãe de um rapazinho de apenas três anos de idade que é meu combustível, minha verdadeira razão de viver, mas que é também o motivo das quedas de cabelo e noites em claro, motivo da tranca na porta do quarto quando preciso de um pouco de silêncio, motivo dos gritos que dou, mas que me arrependo logo em seguida, pois sei enquanto profissional que não adianta muito. São tantos os motivos que me fazem amá- lo incondicionalmente, mas igualmente são muitas as razões que me fazem querer fugir vez ou outra.
Pensando nisso, no texto de hoje quero dar dicas para você mamãe de verdade, que enfrenta o cotidiano como quem enfrenta um duelo de titãs, pois você é merecedora dessas palavras de carinho, mesmo quando nem mesmo você acredita que é.
- Educar é um desafio! Isso não é novidade, mas tudo parece muito novo quando percebemos que a realidade que enfrentamos diariamente é tão diferente da que nos ditam as revistas mais conceituadas sobre educação, então permita-se entender qual é a SUA realidade com seus filhos e concentre-se em absorver cada informação que lhe ensine como lidar com os seus filhos de maneira assertiva, ainda que isso inclua dar uns berros de vez em quando.
- A grama do vizinho é sempre mais verde! Toda mamãe adora se vangloriar das vitórias do filho, seja uma nota boa, a comida que ele come sempre na hora certa e sem reclamar, a vitória no esporte que pratica ou simplesmente o fato dele andar de mãos dadas quando saem juntas. Porém quantas mães você conhece que batem no peito e dizem que deixou o filho fazendo birra e se fingiu de surda porque em outra ocasião tentou gritar com ele e isso só o fez piorar? Quantas mães admitem que dão o biscoito recheado mesmo sabendo que não é a opção mais saudável, pois em sua avaliação ela sabia que seu filho ficaria sem comer? Qual a mãe que já chegou para outra mãe e disse: “Ei, eu te entendo, já passei por isso!”? Pois é, sejamos mais empáticas umas com as outras e veremos o quanto a união faz a força, especialmente quando o assunto é #maternidade.
- Seja honesta com você mesma! Não há nada de errado em não cumprir o manual da famosa que diz que seu filho está sempre limpinho, alimentado e que recebe 100% de atenção o tempo todo, até porque não sabemos muito bem qual é a rede de apoio que a mesma tem para que isso se torne possível, nem tampouco sabemos se essa é de fato a realidade. Sua melhor versão como mãe erra, mas faz com que você se torne uma mãe ainda melhor ao admitir o erro e aprender com ele. Medo de julgamento? Procure não deixar que isso atrapalhe seu tato ou o método com o qual julga ser melhor criar seu filho, pois acredite, nem os maiores especialistas do mundo seriam capazes de inventar uma fórmula para que a maternidade real fosse também a maternidade perfeita.
- Permita-se! Só se vive uma vez e só é viável viver em plenitude quando nos permitimos compreender que nada nessa vida é perfeito, então como poderíamos nós, mães, sermos?
Espero que essas dicas acalentem seu coração como acalentaram o meu ao escrever.
Abraço e até o próximo texto.
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