Quatro dicas para realmente disciplinar os seus filhos

04/06/2018
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Da Redação

É aquela velha história. Com cada vez menos tempo com os filhos, os pais precisam buscar mais e mais informações de como lidar com os pequenos sem estresse quando o assunto é colocar regras. Educar é realmente uma arte nos dias atuais. Os pais, a sociedade, a interferência cada vez maior das redes sociais e a família acaba tendo que se adaptar muito rapidamente a todas essas mudanças.

No livro “Educação sem blá-blá-blá”, a psicóloga Rosely Sayão fala sobre vários temas da atualidade, entre os quais as dificuldade dos pais de dizer “não”. De acordo com ela, dizer ‘não’ sempre que for necessário é fundamental porque, como diz, ‘quem acha que o filho não quer autoridade, engana-se’.

Sobre esse mesmo assunto, a psicopedagoga e diretora pedagógica do Colégio Castelo, Rosemeire Baltazar Francisco, dá algumas dicas valiosas para que possamos incluir algumas regrinhas, visto que elas são importantes para uma boa convivência em família, e fundamentais para criar filhos preparados para enfrentar o mundo.

  1. Dar uma punição que você não vai conseguir cumprir e então voltar atrás.
    Sabe quando você fala para seu filho: “você fez isso, agora não vai poder ir à casa da sua avó e brincar com seus primos?”. Pois é, só que você sabe, no fundo, que falou isso apenas na hora da raiva. Porque você já combinou com sua mãe que seu filho vai e com a sua irmã que os primos vão brincar juntos. Então seu filho acaba não tendo penalização alguma (porque chega na hora de sair e você o deixa ir), e fica o dito pelo não dito. Ou então você diz: “vai ficar um mês inteiro sem televisão!”. Só que na hora do aperto você deixa seu filho ligar, porque precisa resolver alguma coisa em casa sem interrupções. E aquele mês de castigo se transforam em apenas dois dias. No fim, fazer isso é mostrar ao seu filho que tudo bem fazer algo errado, porque as consequências serão bem leves, ou não vão acontecer. Evite!
  2. Você não está usando a linguagem correta.
    Tem muita gente que acredita que dá para ser amigo do filho. Dialogar, conversar, dar espaço é uma coisa, mas é preciso se impor como pai e mãe, pois as crianças realmente precisam desse limite até para se sentir mais seguras. Então em vez de falar: “filho, você não acha que está na hora de fazer sua lição de casa?”, talvez seja MUITO melhor dizer: “desligue essa televisão agora e vá fazer sua lição”. Não é preciso aumentar o tom de voz, mas manter a firmeza. Por mais que exista a reclamação, o “bico”, a cara amarrada. Afinal, até que as crianças tenham maturidade para reconhecerem seus deveres leva um bom tempo. Antes disso você precisa ser bem explícito sobre o que seu filho precisa fazer.
  3. Flexibilizar as regras.
    “Mãe, posso ver só mais um desenho? Só mais um, vai?”. E você deixa. Mesmo sabendo que estava na hora de fazer outra coisa. Aí sabe qual é a consequência? Você se atrasa, seu filho se atrasa, você fica nervosa e acaba estourando. Mas quem tinha mesmo deixado que seu filho assistisse a mais um episódio e não trocasse a roupa? Pois é, você! Às vezes, para evitar guerras, você acaba cedendo (e nem todas as guerras precisam ser compradas, porque se não pai e mãe enlouquecem). Mas na GRANDE maioria das vezes você precisa ser claro, objetivo e coerente. Um exercício para lá de complicado. Mas necessário.
  4. Não deixar que seu filho se frustre.
    No fundo, toda mãe e todo pai querem que o filho seja feliz. Então quando você percebe que chegaram à loja para comprar um presente que foi prometido, e JUSTAMENTE o brinquedo que ele queria acabou, você acaba tentando levar algo ainda melhor! A criança esperneia, grita, chora, e você está lá, tentando tapar o buraco, oferecendo algo que nem era o que ele queria (mesmo que, obviamente, a culpa dessa frustração não seja sua). Claro que dá para tentar negociar, oferecer uma alternativa, mas se seu filho queria tanto aquele outro brinquedo, será que não consegue esperar mais uns dias para ter o que realmente deseja? Esse é um exercício que ele levará para a vida inteira, porque nem sempre conseguimos tudo o que desejamos quando crescemos ou levamos um bom tempo para concretizar essas conquistas.De acordo com Rosemeire, a disciplina é uma ação de amor e uma necessidade absoluta na educação, afinal é ela que proporciona as orientações para a vida dos filhos. “Tentar, a cada dia, fazer o melhor por eles também significa impor regras e fazer com que as cumpram. Fácil? Não. Mas acredito que todo esforço é recompensado e garantir o crescimento saudável de nossos filhos vale a pena”, conclui.Mais informações: www.facebook.com/ColegioCastelo
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Família

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