Dicas para cuidar da alimentação das crianças e combater a obesidade

11/10/2018
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Por Sthefanye Gritti Legori

A Organização Mundial da Saúde denominou de Epidemia Global da Obesidade às modificações ocorridas em diversos países caracterizados pela redução da desnutrição e aumento acentuado da obesidade. Esta condição nutricional tem afetado tanto adultos como crianças.

Pensando nisso, separei algumas dicas no sentido de manter as crianças saudáveis e garantir seu pleno desenvolvimento, de modo que atinjam a vida adulta sem influências desfavoráveis e trazidas da infância.

A infância é o período de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante e ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão do crescimento. Dependendo do padrão dietético e da atividade física, as crianças neste período podem ficar obesas. É fundamental que a qualidade e a quantidade da alimentação sejam adequadas à necessidade diária e que hábitos saudáveis sejam estimulados.

Nos tempos atuais, é comum o excesso no consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos e o sedentarismo nesta faixa etária, devido ao grande tempo das crianças em frente a tablets, celulares videogames, TV etc…

É certo que os hábitos alimentares da família exercem grande influência sobre as práticas alimentares, por isso é importante estimular o consumo adequado de alimentos, como por exemplo de leite e derivados para atingir as necessidades de cálcio e restringir o consumo de refrigerantes, sucos e bebidas a base de soja.

Evitar consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras, sal e açúcares, incluindo enlatados, embutidos, salgadinhos, condimentos e comidas congeladas. E vale também restringir o tempo de atividades sedentárias para no máximo 2 horas por dia. 

As diretrizes gerais para alimentação da criança em fase escolar publicadas no Manual de Orientação do Departamento Científico de Nutrologia são as seguintes:

1. Ingestão de nutrientes para prover energia e nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento, ao desenvolvimento e à pratica de atividades físicas;

2. Alimentação variada, que inclua todos os grupos alimentares, conforme preconizado na pirâmide alimentar, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas;

3. Priorizar o consumo de carboidratos complexos em detrimento dos simples (inferior a 25% do valor energético total);

4. Consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes (>5 porções por dia);

5. Consumo restrito de gorduras saturadas (30% do valor energético total):<2 % de trans, 10% de monoinsaturadas, < 300 mg de colesterol e 10% de poliinsaturadas;

6. Estimular o consumo de peixes duas vezes por semana (200g por semana);

7. Controle da ingestão de sal (<6g por dia);

8. Consumo apropriado de cálcio para formação de adequada massa óssea e prevenção da osteoporose na vida adulta;

9. Orientar o escolar e a família sobre a importância de ler e interpretar os rótulos dos alimentos industrializados;

10. Controlar o ganho excessivo de peso pela adequação da ingestão de alimentos ao gasto energético e pelo desenvolvimento de atividade física regular;

11. Evitar a substituição de refeições por lanches (mais calóricos, ricos em gorduras, sal e açúcar e menor teor de micronutrientes)

12. Estimular a prática de atividade física;

13. Reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias (televisão, videogames e computador) para no máximo de 2 horas por dia;

14. Incentivar hábitos alimentares e estilo de vida adequados para toda a família

Sthefanye Gritti Legori é mãe de um casal e nutricionista, com especialização em Nutrição Esportiva. Tel. (11): 973210276

 

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Bem-estar

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