Por Sthefanye Gritti Legori
A Organização Mundial da Saúde denominou de Epidemia Global da Obesidade às modificações ocorridas em diversos países caracterizados pela redução da desnutrição e aumento acentuado da obesidade. Esta condição nutricional tem afetado tanto adultos como crianças.
Pensando nisso, separei algumas dicas no sentido de manter as crianças saudáveis e garantir seu pleno desenvolvimento, de modo que atinjam a vida adulta sem influências desfavoráveis e trazidas da infância.
A infância é o período de intensa atividade física, ritmo de crescimento constante e ganho mais acentuado de peso próximo ao estirão do crescimento. Dependendo do padrão dietético e da atividade física, as crianças neste período podem ficar obesas. É fundamental que a qualidade e a quantidade da alimentação sejam adequadas à necessidade diária e que hábitos saudáveis sejam estimulados.
Nos tempos atuais, é comum o excesso no consumo de alimentos calóricos e pouco nutritivos e o sedentarismo nesta faixa etária, devido ao grande tempo das crianças em frente a tablets, celulares videogames, TV etc…
É certo que os hábitos alimentares da família exercem grande influência sobre as práticas alimentares, por isso é importante estimular o consumo adequado de alimentos, como por exemplo de leite e derivados para atingir as necessidades de cálcio e restringir o consumo de refrigerantes, sucos e bebidas a base de soja.
Evitar consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras, sal e açúcares, incluindo enlatados, embutidos, salgadinhos, condimentos e comidas congeladas. E vale também restringir o tempo de atividades sedentárias para no máximo 2 horas por dia.
As diretrizes gerais para alimentação da criança em fase escolar publicadas no Manual de Orientação do Departamento Científico de Nutrologia são as seguintes:
1. Ingestão de nutrientes para prover energia e nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento, ao desenvolvimento e à pratica de atividades físicas;
2. Alimentação variada, que inclua todos os grupos alimentares, conforme preconizado na pirâmide alimentar, evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras guloseimas;
3. Priorizar o consumo de carboidratos complexos em detrimento dos simples (inferior a 25% do valor energético total);
4. Consumo diário e variado de frutas, verduras e legumes (>5 porções por dia);
5. Consumo restrito de gorduras saturadas (30% do valor energético total):<2 % de trans, 10% de monoinsaturadas, < 300 mg de colesterol e 10% de poliinsaturadas;
6. Estimular o consumo de peixes duas vezes por semana (200g por semana);
7. Controle da ingestão de sal (<6g por dia);
8. Consumo apropriado de cálcio para formação de adequada massa óssea e prevenção da osteoporose na vida adulta;
9. Orientar o escolar e a família sobre a importância de ler e interpretar os rótulos dos alimentos industrializados;
10. Controlar o ganho excessivo de peso pela adequação da ingestão de alimentos ao gasto energético e pelo desenvolvimento de atividade física regular;
11. Evitar a substituição de refeições por lanches (mais calóricos, ricos em gorduras, sal e açúcar e menor teor de micronutrientes)
12. Estimular a prática de atividade física;
13. Reduzir o tempo gasto com atividades sedentárias (televisão, videogames e computador) para no máximo de 2 horas por dia;
14. Incentivar hábitos alimentares e estilo de vida adequados para toda a família
Sthefanye Gritti Legori é mãe de um casal e nutricionista, com especialização em Nutrição Esportiva. Tel. (11): 973210276