3 hábitos de organização para 2019

13/02/2019
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Por Ingrid Lisboa

O começo do ano é sempre propício à mudança de hábitos, não é mesmo? Como ser organizada (o) envolve a prática de vários hábitos que melhoram muito nossa qualidade de vida pessoal e em casa, quero propor a vocês –  3 hábitos de organização – (apenas três, isso mesmo!!!) para praticar neste ano. São hábitos que eu pratico e ensino aos nossos clientes há 10 anos. Ou seja, funcionam de verdade.

  1. Evite “deixar para guardar depois”. Sabe quando você precisa definir onde guardar um objeto mas, por qualquer motivo, decide não vai fazer agora? É a famosa procrastinação. E procrastinamos  por vários motivos: por falta de vontade de fazer agora, porque a atividade é chata ou demorada, porque envolve uma decisão difícil… Enfim, escolhemos deixar para depois mas, muitas vezes este depois não chega e acabamos por não decidir. Se levarmos este raciocínio para a organização doméstica, seria como aquela cama do quarto de hóspedes cheia de objetos que você deixou lá para “ver depois”. Ou um armário no quarto de empregada. Ou um canto no home office. Tanto faz o local. O importante é pensar que quanto   mais se avoluma o conteúdo da cama (se usarmos o primeiro exemplo), mais estresse e irritação nos causa quando entramos no espaço. Ou seja, deixar para “ver depois” não é uma boa estratégia de organização. Melhor se organizar para decidir o que precisa ser decidido: doar, vender, manter guardado, onde guardar ou como armazenar da melhor forma. Objetos entulhados roubam nossa energia só por sabermos que estão lá. E você não quer ninguém roubando sua energia este ano, certo?

  2. Manter espaços planos livres de objetos. Vamos confessar: espaço planos como mesas, assento de poltronas, bancadas, baquetas e bancos atrás do sofá da sala são super atrativos para colocarmos o que não sabemos onde colocar agora. Afinal, o objeto fica ali na nossa frente e logo mais vamos organizá-lo no local correto, certo? Aparentemente, sim. Mas infelizmente não é assim que funciona. Acabamos nos acostumando com os espaços cheios de coisas e começamos a achar normal que a poltrona do quarto esteja sempre cheia das roupas que deveriam estar dentro do guarda-roupas. Ou mesmo que a bancada da cozinha tenha muito mais utensílios do que usamos diariamente. Enfim, acabamos ocupando com algum exagero os locais que deveriam estar livres, já que não são espaços de armazenamento como despensas ou closets. Para mudar este hábito você precisa ir até lá, selecionar os objetos e decidir o que fazer com eles: guardar no local correto, jogar ao lixo, entregar para o dono etc. Precisa, portanto, tomar uma decisão sobre o que fazer, sem adiar (vide hábito número 1) ou apenas mudar o objeto de lugar (hábito no. 3, abaixo). Organize seu tempo para fazer com calma a triagem de cada espaço, decida onde organizá-lo e tenho certeza de que vai adorar sentir novamente a deliciosa sensação de entrar no quarto e ver sua poltrona vazia.


  3. Descartar os objetos, em vez de mudar a localização. Comecemos por explicar que descartar não é necessariamente jogar ao lixo. É dar um destino adequado ao objeto, seja vender, doar ou reformar, dependendo do que seja. Portanto, o hábito do qual quero falar aqui é algo como: não adianta levar para a casa de nossos pais as roupas que são três números menores do que as que usamos agora. Elas precisam ser doadas para quem vá realmente usar, vendidas ou, caso  valha a pena, ser reformadas. Já tivemos que ajudar muitas clientes que, ao organizarem o closet, por exemplo, queriam pegar calças jeans que nunca usaram, colocar em malas e deixar no depósito. Eu desencorajo totalmente hábitos como este. Acredito que devamos ter em casa apenas objetos que façam sentido em nossa vida, que representem quem somos hoje e/ou que são usados com muita ou alguma frequência, pois isso depende do tipo de objeto. Em São Paulo, por exemplo, não usamos casacos de frio intenso com frequência mas preciso tê-los para quando esfriar. É claro que já tivemos clientes cujas roupas foram para caixas ou malas por algum período. Mas eram casos específicos como uma gravidez de gêmeos, por exemplo.


    Ou seja, tomemos cuidado com os motivos que criamos (para nós mesmos, na maioria das vezes) para apenas mover os objetos de lugar, em vez de enfrentar o apego e tomar uma decisão sobre eles. Descartar, enfim.Uma última sugestão: recomendo que você adote um novo hábito por mês. Não tente adotar todos de uma vez pois a cérebro de todos nós precisa de algumas semanas para se habituar. Precisamos repetir a mesma atividade várias vezes para deixar de praticar o hábito antigo e processar um novo. Se você já tentou parar de fumar, fazer uma dieta ou praticar atividade física sabe do que estou falando. Então: um hábito por vez, ok?

    Ingrid Lisboa: Atua há 10 anos na organização de ambientes e gestão residencial para famílias e pessoas que querem mais tempo para se dedicar ao que realmente importa em suas vidas. Acredita que uma casa organizada facilita as rotinas, agiliza a limpeza e melhora a praticidade e a funcionalidade da casa.  Por isso também possui um programa completo de treinamento para funcionários domésticos que já foi aplicado de forma personalizada para mais de 500 pessoas. É dona da Home Organizer, a primeira loja de Santo André focada em produtos organizadores e cursos de organização. Faz parte do corpo docente da pós-graduação de Consultoria de Imagem e Estilo na Belas Artes, em São Paulo, e é vice-presidente da Anpop – Associação Nacional de Profissionais de Organização e Produtividade

    Tel. (11) 99986-3320
    www.homeorganizer.com.br 
    Instagram ingridlisboa.homeorganizer

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